quinta-feira, 28 de maio de 2009

Avó, quero um brinquedo

Em geral, não consegue estar muito tempo a fazer a mesma coisa. Não sou especialista em nada deste mundo, muito menos em crianças, mas, nestes quatro anos que tem a Carolina, acho natural esta inconstância, o fartar-se depressa, o querer mudar.
O que ela não larga nunca, agora, são as Winx. Sabe os nomes de todas, sem falhar, e já as tem quase todas. E as que não tem, já vai avisando que as quer.
- Avó, quero a Tecna.
Lá vamos explicando que ela já tem muitas Winx, que não se pode andar sempre a comprar bonecas, que são caras, que o dinheiro é preciso para outras coisas. Conversa fiada de gente grande, que só acha importante mesmo aquilo que lhe interessa. Ela já sabe que o avô e a avó, bem trabalhados, acabam por ceder, se não for logo será daí a algum tempo. De modo que:
- Mas eu quero...
E daí a algum tempo tem mesmo.
Às vezes, ao sábado, quando está connosco, sai-se com esta:
- Avó, vamos ao Toys 'R Us.
- Pede ao avô.
- Avô, vamos ao Toys 'R Us.
- Ainda na semana passada te comprámos um brinquedo.
- Mas é só para ver...
Ou então, quase juntando os polegares:
- Só um deste tamanho, que custe pouquinho dinheiro.
E lá vamos nós, que quase não sabemos dizer-lhe que não.

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